Desde os primórdios, os colonizadores portugueses tinham pleno interesse em explorar as regiões interioranas do território brasileiro. A partir do século XVII, essa exploração se intensificou com a crise econômica que atingiu a economia açucareira em decorrência dos baixos valores obtidos no mercado europeu. Dessa maneira, a formação das entradas e bandeiras se tornou alternativa para que as dificuldades econômicas do período fossem superadas.
Jorge Dias Velho - um dos maiores bandeirantes paulistas |
As entradas eram expedições organizadas pelas autoridades portuguesas que tinham como finalidade promover o apresamento de índios, a destruição de comunidades quilombolas e a prospecção de metais e pedras preciosas. As bandeiras, geralmente, tinham a mesma finalidade das entradas organizadas pela Coroa Portuguesa. No entanto, o bandeirantismo era um tipo de atividade promovida por particulares, em sua grande maioria, interessados na obtenção de escravos indígenas.
Encontro das monções no Sertão |
As expedições começaram a utilizar as vias fluviais (rios) e devido a isso foram nomeadas de monções, pois, se favoreciam de um período das cheias, regimes onde os rios eram facilmente navegáveis. As dificuldades das expedições eram muitas já que a viagem se tornava complicada devido aos insetos venenosos, doenças e ataques indígenas. Os meios de transportes eram precários, canoas construídas com troncos e de forma muito rasa para transportar as 300 arrobas de carga que eram colocadas. A tribulação também ocupava grande parte da canoa, era composta pelo piloto, pelo proeiro e por cinco ou seis remadores que remavam em pé como os índios. A carga ficava no centro da canoa, os tripulantes na proa e os passageiros na popa. Alimentavam-se de feijão, farinha de mandioca ou de milho e recorriam à pesca, aos palmitos, frutos e caça.
VAMOS PESQUISAR ?
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